Fique por dentro de cuidados básicos na irrigação

Por: Marcio Fonseca de carvalho

Seca

Mal uso da água, des­mata­men­to e poluição estão provo­can­do crises nos abastec­i­men­tos e fazen­do com que o cli­ma fique meio “bagunça­do”. rios e repre­sas estão dimin­uin­do, a chu­va vem de vez em quan­do e, quan­do vem, cai de uma vez só, provo­can­do inun­dações con­stantes. Este cenário está muito próx­i­mo de muitos por isso é mel­hor prevenir.

Quan­do ess­es perío­dos de seca se esta­b­ele­cem, pen­samos logo na insta­lação de um sis­tema de irri­gação para man­ter nos­sas pasta­gens, nos­sas árvores. Ten­ho uma peque­na cri­ação de ovel­has a pas­to, então sei bem o que é o deses­pero quan­do a chu­va não vem. Só que pro­je­tos de irri­gação, como o títu­lo diz, são ver­dadeiros “pro­je­tos”. Existe toda uma engen­haria por trás que deve ser estu­da­da e con­sul­ta­da antes de sair­mos com­pran­do asper­sores e insta­lan­do bombas.

O melhor tipo de irrigação

Primeiro, temos que levar em con­ta as espé­cies que serão irri­gadas: pastagem, plan­tas anu­ais, hor­tal­iças, árvores frutíferas. Con­hecer bem a espé­cie e saber o quan­to ela perde de água diari­a­mente é fun­da­men­tal para um bom pro­je­to. É pre­ciso, tam­bém, saber as car­ac­terís­ti­cas do ter­reno a ser irri­ga­do: desníveis, dimen­sões, aces­so à água, taman­ho do reser­vatório de água. Todos ess­es dados serão uti­liza­dos para se deter­mi­nar qual o mel­hor tipo de irri­gação a ser uti­liza­do e os cus­tos envolvi­dos com a insta­lação e a manutenção do sistema.

Um pon­to impor­tante do pro­je­to de irri­gação é saber quan­do o sis­tema deve ser lig­a­do e quan­to de água dev­erá ser irri­ga­da naque­le dia. Muitos pen­sam que a irri­gação pode ser feito “no olho”. É um grave erro, pois se colo­car­mos menos água do que o necessário, não estare­mos otimizan­do o sis­tema; se colo­car­mos água demais, os cus­tos finan­ceiro e ambi­en­tal poderão ser muito grandes. Em pro­je­tos cor­re­tos, um tanque classe A e uma estação plu­viométri­ca são insta­l­a­dos para ver o quan­to evap­orou e o quan­to choveu, dados uti­liza­dos no cál­cu­lo de quan­to se deve irrigar.

Custo de manutenção

Quan­do falam­os de cus­to de manutenção, deve­mos lem­brar que, às vezes, a água sai “de graça” por causa de um rio, uma lagoa ou um açude próx­i­mo da pro­priedade. Mas o cus­to com a ener­gia é que pode assus­tar. Deve­mos pen­sar ago­ra num cenário nacional: se fal­ta chu­va, quer­e­mos irri­gar. Mas tam­bém fal­ta água nas repre­sas, que pro­duzem ener­gia bara­ta no nos­so país. Se fal­ta ener­gia das hidrelétri­c­as, começa-se a pro­duzir ener­gia com out­ras fontes, como carvão e óleo, muito mais caras. Logo, quan­do quer­ermos irri­gar é, provavel­mente, a época em que a ener­gia está mais cara. Por isso, uti­lizar o sis­tema somente o necessário é garan­tia de diminuição de custo.

 Como vimos, mon­tar um sis­tema de irri­gação que tra­bal­he cor­re­ta­mente não é fácil. Por isso, exis­tem engen­heiros espe­cial­is­tas nes­ta área. Começar dire­ito sem­pre aumen­ta as chances de sucesso.

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