Diretrizes para um bom projeto de pivô central

Artigo escrito por: Allan Ramires

– Pro­je­to

O pro­je­to para Pivô Cen­tral vai muito além de desen­har cír­cu­los no mapa e jog­ar os dados de desníveis nos soft­wares ou planil­has. Muitos fatores são cru­ci­ais para definir um bom pro­je­to: Água disponív­el, solo, ener­gia, per­fil do cliente, tipos de cultura.

– Água Disponível

O lay­out do pro­je­to começa por aqui. Acred­i­to que na maio­r­ia dos esta­dos seja necessária a Out­or­ga (Dire­ito de uso de uma vazão x de água disponív­el). A par­tir da mes­ma, podemos definir o taman­ho da área irri­ga­da ou até mes­mo a uti­liza­ção de repre­sas ou reser­vatórios caso a água disponív­el não seja sufi­ciente para cap­tação direta.

– Solo

Deve-se con­hecer o tipo de solo da região, pos­si­bil­i­tan­do um mane­jo cor­re­to e tam­bém um dimen­sion­a­men­to ade­qua­do. Dimen­sion­a­men­to? Sim. Deve­mos prestar atenção na chama­da “Inten­si­dade de Pre­cip­i­tação”. Como todos sabem, os últi­mos lances do Pivô “giram” em uma área maior, aumen­tan­do sua veloci­dade e con­se­quente­mente sua vazão. A “Chu­va” ou inten­si­dade de pre­cip­i­tação nos últi­mos lances é muito alta e depen­den­do da lâmi­na de irri­gação dimen­sion­a­da, o solo pode não absorv­er, oca­sio­n­an­do erosão ou escoa­men­to superficial.

– Ener­gia

A ener­gia no Brasil é exce­lente, porém, os serviços de dis­tribuição não são de boa qual­i­dade. Deve­mos pen­sar nos diver­sos tipos de mane­jo que fare­mos no Pivô: Irri­gação Notur­na (descon­to na tar­i­fa do KWh), solic­i­tar um trans­for­mador pen­san­do em todos os Pivôs irri­g­an­do ao mes­mo tempo?

– Per­fil do Cliente

Deve-se con­hecer muito bem o cliente, pois ele con­hecerá muito bem a área e definirá áreas mel­hores para se irri­gar, as cul­turas que ele fará, chegan­do ao Lay­out final. Explicar sobre taman­ho de pivôs, quais tipos implan­tar (Sis­tema lin­ear, rebocáv­el, cen­tral) é de suma importância.

– Tipos de cultura

É de extrema neces­si­dade con­hecer as cul­turas que serão uti­lizadas no Pivô. Temos de pen­sar em lâmi­na apli­ca­da, taman­ho de pivô, altura de pivô, tipo de aspersor.

- Con­sid­er­ações

Qual­quer pro­je­to de irri­gação é como se fos­se um ter­no, é ajus­ta­do para cada tipo de situ­ação, difi­cil­mente haverá um pro­je­to ide­al, cada situ­ação se enquadra de um jeito em deter­mi­na­da área, a sin­er­gia téc­ni­co x pro­du­tor é a prin­ci­pal fer­ra­men­ta para desen­volver um exce­lente tra­bal­ho e ambos saírem contentes.

Allan Ramires

Engen­heiro Agrí­co­la e Ambi­en­tal for­ma­do pela UFMT (Uni­ver­si­dade Fed­er­al de Mato Grosso)

2013–2015 – Pro­jetista (Irri­gação local­iza­da, pais­ag­is­mo e Asper­são Convencional)

2017- Atu­al – Setor com­er­cial de Irri­gação (Pivô Cen­tral – Reven­da Valley)

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