O reuso de água é tendência forte no meio agrícola

A práti­ca que começa à ser usa­da no Brasil com inten­si­dade, pode aux­il­iar na econo­mia do con­sumo diário do recur­so nat­ur­al per­mitin­do a preser­vação do meio ambiente. 

Por: Vitor Santos

A água em exces­so, pode ger­ar grandes transtornos como inun­dações e calami­dades ambi­en­tais, mas a sua escassez provo­ca fome e mis­éria em muitas partes do plan­e­ta. Quan­do o mane­jo é ade­qua­do, pode traz­er bene­fí­cios e con­duzir a exce­lentes resul­ta­dos na pro­dução de ali­men­tos e bem estar no uso pes­soal, porém seu mal uso provo­ca uma degen­er­ação do meio físi­co e natural.

O con­ceito do uso efi­ciente da água inclui medi­das que reduzam a quan­ti­dade que se uti­liza por unidade de qual­quer ativi­dade e que favoreça a manutenção e a mel­ho­ria da qual­i­dade da água. Este uso con­sciente está rela­ciona­do a out­ros con­ceitos de mane­jo dos recur­sos ambi­en­tais, sendo bási­co para o desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el e asse­gu­ran­do que haja recur­sos sufi­cientes para as ger­ações futuras que deve ser ini­ci­a­da a par­tir de uma edu­cação ambiental.

Em regiões ári­das e semi­ári­das do nordeste brasileiro, a neces­si­dade de água é maior que em out­ras regiões. Por­tan­to, os cus­tos, os bene­fí­cios e o uso pro­pri­a­mente dito da água, devem ser con­sid­er­a­dos; além dis­so, os fatores de ordem econômi­ca e social tam­bém são impor­tantes e, em muitos casos, a edu­cação tem lev­a­do a con­ser­vação ao mel­hor uso da água disponív­el. Muitos fatores para esse uso con­sciente estão inseri­dos em pro­je­tos sus­ten­táveis que além de preser­var o uso exager­a­do da água tem um fator tão impor­tante quan­to a con­ser­vação do meio ambi­ente. Entre os pro­je­tos dis­cu­ti­dos sobre sus­tentabil­i­dade, o que mais evi­den­cia é o reuso das águas da chu­va e do esgoto.

Reutilização da água no meio agrícola

O reuso da água é um proces­so pelo qual a água pas­sa para que pos­sa ser uti­liza­da nova­mente. Neste proces­so pode ocor­rer um trata­men­to da água, depen­den­do da final­i­dade para a qual vai ser reuti­liza­da. Por se tratar de um bem nat­ur­al que está cada vez mais raro e caro, reuti­lizar a água é impor­tante para o meio ambi­ente e tam­bém para a econo­mia das empre­sas, cidadãos e gov­er­nos. As águas que são tratadas para reuso tem várias for­mas de serem direcionadas.

Podem ser uti­lizadas em uma empre­sa como, por exem­p­lo, água usa­da em proces­sos indus­tri­ais, a qual pode ser trata­da numa estação de trata­men­to na própria empre­sa e reuti­liza­da no mes­mo ciclo de pro­dução. Já em uma residên­cia a água do ban­ho pode ser cap­ta­da e usa­da para lavagem de quin­tal e para dar descar­ga em vasos sanitários.

Para o reuso na agri­cul­tura, por exem­p­lo, exis­tem sis­temas propí­cios a ven­da no mer­ca­do que fazem a cap­tação, armazena­men­to e fil­tragem deste tipo de água, como expli­ca o Tec­nól­o­go em Irri­gação e Drenagem, Ricar­do Mar­quez. ”Depois que a mídia vem ressaltan­do a fal­ta de água prin­ci­pal­mente em São Paulo e Minas Gerais e em out­ras regiões tam­bém como no Nordeste que tiver­am que parar a irri­gação por fal­ta de água, isso vem dan­do um incen­ti­vo muito grande na área de irri­gação, pos­i­ti­va­mente podemos estar alian­do esse prob­le­ma com o reuso de água”.

O bene­fí­cio é a devolução dessa água para o meio nat­ur­al, o que aux­il­ia na garan­tia do ciclo hidrológi­co. A téc­ni­ca pode ger­ar econo­mia para empre­sas e insti­tu­ições públi­cas. Na agri­cul­tura o reuso está sendo usa­do em plan­tações que neces­si­tam de irri­gação com fre­quên­cia. Agricul­tores vem apo­s­tan­do em novas tec­nolo­gias para esse trata­men­to ade­qua­do das águas visan­do no aumen­to da pro­dução agrí­co­la e na econo­mia. Essas medi­das surgem com as novas tec­nolo­gias de irri­gação que con­stituem impor­tante estraté­gia para o uso efi­ciente da água, porque na medi­da que o preço de ofer­ta aumen­ta, pro­duz-se a neces­si­dade de sub­sti­tu­ição dos sis­temas tradi­cionais de irri­gação por out­ros mais mod­er­nos, capazes de pro­por­cionar maior efi­ciên­cia e econo­mia para o setor hídrico.

As novas tec­nolo­gias de irri­gação con­stituem impor­tante estraté­gia para o uso efi­ciente da água, pois à medi­da que o preço de ofer­ta aumen­ta, pro­duz-se a neces­si­dade de sub­sti­tu­ição dos sis­temas tradi­cionais de irri­gação por out­ros mais mod­er­nos, capazes de pro­por­cionar maior efi­ciên­cia. Como para cada tec­nolo­gia de irri­gação a efi­ciên­cia varia, exi­s­tirá uma função de respos­ta difer­ente do cul­ti­vo à água apli­ca­da, de tal maneira que o nív­el que max­i­miza o bene­fí­cio se encon­tra no pon­to em que o val­or da pro­dução obti­da pelo aumen­to de uma unidade de água útil é igual ao preço desta.

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