Irrigação inteligente consegue identificar a necessidade de água para plantas

O pro­je­to é ino­vador e tem como pri­or­i­dade estancar o des­perdí­cio de água em regiões que sofrem com secas con­stantes neces­si­tan­do do recur­so para man­ter a qual­i­dade da segu­rança alimentar. 

Por: Vitor Santos 

Em meio de uma crise hídri­ca, com con­se­quên­cias neg­a­ti­vas prin­ci­pal­mente no Brasil que vem provo­can­do escassez de ener­gia elétri­ca e de água potáv­el, um novo sis­tema de irri­gação surge no mer­ca­do com intu­ito de rev­olu­cionar a agri­cul­tura no mun­do. A definição do sis­tema é que ele ‘’ con­ver­sa’’ com as plan­tas con­seguin­do iden­ti­ficar o momen­to exa­to em que a plan­ta pos­sa está neces­si­tan­do de água. E é a par­tir daí que o sis­tema lib­era água na quan­ti­dade que necessita.

O apar­el­ho é chama­do de irri­gação por gote­ja­men­to respon­si­vo (DRI), sis­tema desen­volvi­do pela empre­sa Respon­sive Drip Irri­ga­tion. O méto­do insta­la tubos sob a ter­ra que são dota­dos de poros (semel­hantes aos da pele humana), isso na medi­da em que as plan­tas ficam com sede, suas raízes con­seguem emi­tir algo como uma sub­stân­cia quími­ca. Nesse momen­to os poros dos tubos implan­ta­dos detec­tam essa sub­stân­cia e lib­er­am água por gote­ja­men­to, da mes­ma for­ma que iden­ti­fi­cou que a plan­ta pre­cisa­va de água, o sis­tema detec­ta tam­bém quan­do ela já está ‘’ saciada’’.

De acor­do com o fab­ri­cante, com sede nos Esta­dos Unidos, tra­ta-se do primeiro sis­tema de dis­tribuição de água no mun­do que usa quími­ca orgâni­ca para per­mi­tir que cada plan­ta autor­reg­ule sua própria dis­tribuição de água e nutri­entes. Segun­do a empre­sa, econo­mia de água com esse mod­e­lo, em relação aos sis­temas tradi­cionais de irri­gação pode vari­ar de 30% a 50%. Já no caso da ener­gia elétri­ca, a econo­mia pode vari­ar de 40% a 90%, afir­ma a fab­ri­cante respon­sáv­el pela irri­gação por gote­ja­men­to responsivo.

As van­ta­gens que o sis­tema proporciona 

Inúmeras van­ta­gens se desta­cam no sis­tema, o mod­e­lo pode ser apli­ca­do tan­to em jardins res­i­den­ci­ais como fazen­das com cul­tivos irri­ga­dos de alta pro­dução, out­ro destaque que vale ressaltar é que o sis­tema é muito indi­ca­do para cli­mas ári­dos, e tam­bém pode ser usa­do para aplicar fer­til­izantes ou cor­re­tivos de solo dire­ta­mente nas raízes das plantas.

O uso da irri­gação por gote­ja­men­to respon­si­vo está sendo usa­do em várias partes do mun­do, nos Emra­dos Árabes por exem­p­lo, próx­i­mo Abu Dhabí, os agricul­tores estão cul­ti­van­do veg­e­tais no deser­to. No iní­cio de 2019, o apar­el­ho DRI venceu o Fórum Glob­al para ino­vações na Agri­cul­tura. No pasquistão, per­to de uma área seca em torno de Islam­abad, veg­e­tais como tomate e acel­ga foram cul­ti­va­dos 81% mais rápi­do do que com a irri­gação por gote­ja­men­to tradicional.

Para se ter uma ideia da dimen­são do pro­je­to, hoje o sis­tema de irri­gação por gote­ja­men­to respon­si­vo está pre­sente em 14 país­es, como no Zim­babue, Nigéria, Esta­dos Unidos entre out­ros. E segun­do o fun­dador da empre­sa Respon­sive Drip Irri­ga­tion, Jan Gould. ‘’ Onde hou­ver um prob­le­ma de escassez de água e segu­rança ali­men­tar, quer­e­mos estar lá’’.

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